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HISTÓRIA DA FAMÍLIA DE CLARA NANNY ZIRR

NASCIDA SCHÜÜR

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Família Clara Zirr

Clara e Alfredo - Tilly, Egon e Helga

HISTÓRIAS E MEMÓRIAS

Colaborou Clara Nanny Schüür Zirr.

Clara Nanny Schüür Zirr veio, juntamente com seus pais e seus irmãos para o Brasil, em 1924. Nasceu em Emden, Alemanha, em 23 de maio de 1918.  Era a filha mais nova e quando imigrou tinha apenas  cinco anos. Teve uma infância um pouco solitária pelas dificuldades com a nova língua, com a adaptação na nova pátria, e também pela diferença de idade em relação à sua irmã Anny. Fez a escola primária em alemão e português, na Esquina República. Esta escola era bem defronte à entrada da colônia onde moravam e lá também estudou sua irmã Anny. O professor era alemão, de profissão açougueiro, que muitas vezes foi hospedado pelos Schüür, por morarem tão perto da Escola e também pelo espírito de ajuda mútua reinante entre os imigrantes.

Morou até os seus 14 anos na colônia, quando então foi com sua mãe e irmãos morar em Santo Ângelo, onde seu pai já estava trabalhando como pintor com seu irmão Volkmar.

O irmão Heini assumiu com sua família as colônias, onde já estavam plantadas boa parte das árvores de erva-mate que todos tinham ajudado a plantar. Jovem e ativa, cantou no Coral  Misto  do Clube Alemão de Santo Ângelo, hoje Clube Caixeral. Foi onde conheceu Alfredo Zirr, com quem casou jovem, aos 17 anos de idade incompletos. Alfredo na época  tinha 32 anos de idade, um rapaz empreendedor e muito trabalhador. Era proprietário de uma conhecida fábrica de refrigerantes, a GASOSARIA GAÚCHA, que fabricava guaraná, laranjada, limonada, gasosa e embalava água mineral. A gasosaria existiu até 1942, e Clara, além da dedicação a seus três filhos Tilly, Egon e Helga,  e mais toda a lida da casa, ainda colaborava na firma.

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Após se desfazer da gasosaria, a família começou a se dedicar a uma nova função a partir da aquisição de um caminhão para transporte de cargas e mudanças, atividade na qual  também se envolveu seu filho Egon.  Tinham uma  vida marcada pela rotina de trabalho e perseverança, procurando sempre prover o sustento da família e a aquisição de um patrimônio que lhes garantisse uma velhice tranqüila.

Clara  sempre foi muito caprichosa e cuidadosa consigo e com seus filhos. Sempre foi  elegante e prestativa com todos, ainda hoje não aparenta  a idade, pois guarda uma beleza suave, observada tanto interna como externamente. Estes cuidados consigo mesma têm servido de modelo para todos nós e inclusive eu, sua sobrinha, a tenho como um exemplo de  como se  pode envelhecer com garbo e elegância. Clara aprendeu alguns ofícios, o de cabeleireira, com sua irmã Anny, depois costureira, e assim se aposentou com 60 anos de idade.

Ficou viúva em 1976. Apesar de jovem e bonita, nunca mais casou. Após viuvar foi residir em Blumenau, onde já morava sua filha Helga e sua família. Um ano depois, decidiu retornar a Santo Ângelo, onde tinha propriedades, e principalmente, muitos amigos e parentes. Durante longo período seu filho Egon, que era divorciado, morou com ela, fazendo-lhe companhia e desenvolvendo sua atividade profissional no conserto de máquinas de tricô. Nesta cidade permaneceu até janeiro de 2003, quando decidiu morar voltar a Blumenau. Agora está  confortavelmente  perto da sua filha Helga e família.

 

Clara freqüentou a Igreja Evangélica de Confissão Luterana, onde casou e seus filhos foram batizados.  Teve na sua infância formação religiosa batista, porém nunca tinha sido batizada, resolvendo aos 70 anos de idade batizar-se dentro dos rituais batistas,  por entender ser a forma mais biblicamente correta do batismo. Continua, porém, vinculada à Igreja Luterana, participando também do grupo alemão da Ordem Auxiliadora de Senhoras, que se reúne todas as terças-feiras à tarde.

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Em 1996, acompanhando Anelise Wegermann e John Dick, viajou para os Estados Unidos, Reedley, na Califórnia,  para visitar sua irmã Anny, que já se encontrava doente. Foi uma viagem muito bonita, pois se reencontraram depois de muito tempo separadas. Fez muitos passeios pela região, acompanhada sempre pelos seus sobrinhos que apreciaram muito sua visita. Permaneceu na Califórnia por dois meses.  Apenas 10 dias após seu retorno, Anny veio a falecer.

Até hoje é independente e alegre, faz suas caminhadas, cuida ela mesma da sua pele e cabelos, da  sua lida diária no seu lar, e faz crochê com grande habilidade. Gosta muito de animais de estimação e flores. Seguidamente viaja para visitar os filhos, amigos e parentes. Encontra na fé em Nosso Senhor, Deus e Pai, amparo e fortaleza, renovando sua alegria também no convívio com seus filhos, netos e bisnetos

Clara está muito entusiasmada com o 1º ENCONTRO DA FAMÍLIA SCHÜÜR, em setembro de 2004, de cuja festa, com certeza, será a RAINHA. Tem colaborado conosco na compilação de dados, e sempre que temos uma dúvida recorremos a ela, pois guarda em seu coração muitas lembranças desta família corajosa e trabalhadora. O exemplo de seus pais, amorosos,  sempre lhe serviu de guia para as dificuldades na sua vida.

(RELATO  FEITO PELA TIA CLARA PARA HILDEGARD JULIANE SCHÜÜR SILVA, NO DIA 16 DE SETEMBRO DE 2003, EM BLUMENAU, DURANTE UMA VISTA DE DOIS DIAS, JUNTAMENTE COM SEU ESPOSO JOSÉ AMÉRICO)

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